Educação corporativa: requisito para empresas que querem progredir

 

Por Fabio Camara, fundador e CEO do Grupo FCamara

Diariamente somos impactados por um turbilhão de informações. Com isso, muito se é exigido das pessoas e torna-se um grande desafio consumir e assimilar tanto conteúdo, ainda mais em um pós pandemia que ainda estamos vivendo, onde as dinâmicas de trabalho foram alteradas. Com isso, vieram profissionais com novos perfis no mercado e mais exigentes com a saúde mental, por exemplo. Com essas transformações e com a revolução digital, temos de fato que sair do tradicional e inovar, estimulando não somente habilidades técnicas, mas também pensamento crítico, flexibilidade, entendendo a capacidade de aprendizado e produção das equipes.

O ambiente corporativo deve, portanto, também ser um lugar de estudo, conhecimento e aprendizado contínuo, onde pessoas de todos os níveis e cargos são beneficiadas nesse processo e encorajadas com desafios diários, que gerem troca e evolução profissional. Nesse contexto, acredito que precisamos incentivar e motivar os profissionais a estarem no controle de seus processos de desenvolvimento, o que tem ligação também com a cultura que as empresas pregam e implementam.

Fatores de autoconhecimento também devem ser colocados em reflexão e estimulados de forma benéfica, para que os profissionais saibam pontuar seus pontos de melhoria, buscar aprimoramento e inspiração e, consequentemente, ganhar potência. E a condução dessa comunicação, leve e flexível, precisa contar com a ajuda dos gestores e líderes, que devem ser acessíveis e facilitadores. O autoconhecimento na educação corporativa, ao meu ver, é peça chave para gerar capacidade de autonomia e potencializar o desenvolvimento dos profissionais.

É nesse cenário que gosto muito da abordagem do lifelong learning, que tem como premissa a educação contínua, reforçando a importância dos estudos serem permanentes, em vez de se limitarem a certas etapas da vida. Isso faz mais sentido ainda quando falamos do setor de tecnologia, que se transforma a cada dia, trazendo evoluções no mercado a todo o tempo.

Outra tendência importante e necessária é a chamada meta-aprendizagem, que, na minha visão, ainda é pouco falada e implementada no Brasil. Originalmente descrita por Donald B. Maudsley, em 1979, como “o processo pelo qual os alunos se tornam conscientes e controlam os hábitos de percepção, investigação, aprendizado e crescimento que internalizaram”, ela acarreta expansão dos conhecimentos, possibilitando que você mesmo entenda qual é a sua melhor forma de aprender, já que traz à tona processos mentais inconscientes, dando o controle do desenvolvimento cognitivo ao próprio indivíduo.

No papel de fundador e CEO, me vejo no dever de ajudar a construir estratégias para implementar cada vez mais a cultura de aprendizagem na nossa FCamara, oferecendo ferramentas e dinâmicas que diversifiquem e incentivem o estudo permanente. Não tenho dúvidas de que isso resulta em profissionais mais motivados e capacitados. É por isso que aqui, já estamos internalizando as tendências de lifelong learning e meta-aprendizado. Não é de hoje que prezo tanto pelo autoconhecimento, como pelo conhecimento e aprendizado em geral, e, oferecer cursos técnicos, faculdades, trilhas de capacitação de liderança, trocas de conhecimento através de comunidades de tecnologia, ações, palestras, etc, faz parte do core da nossa empresa.

Sobre Fabio Camara
Fabio Camara, fundador e CEO da FCamara, é programador desde os 14 anos, autor de 17 livros de tecnologias e foi o 3º profissional mais certificado da América Latina pela Microsoft em meados da década de 2000, com um total de 86 certificados técnicos. Além disso, foi o terceiro MVP (Microsoft Most Valuable Professional) de Visual Studio Team System do mundo, título de reconhecimento máximo concedido pela Microsoft para os expoentes no domínio de uma tecnologia. Trabalhou como consultor nas empresas Telebahia, Stefanini e Microsoft, e, há 15 anos fundou a FCamara no quarto de sua casa, que hoje conta com mais de 1.300 #SangueLaranja, como denominam seus profissionais, com sua matriz no Brasil, e filiais na Inglaterra e em Portugal. Atualmente é o principal acionista de um grupo com empresas complementares de tecnologia e startups.

Mentor de startups e de outros empreendedores, Camara valoriza pessoas que estejam dispostas a aprender e queiram crescer profissionalmente. Ministra regularmente treinamentos para os seus times, com aulas de liderança, filosofia e psicologia. O Grupo FCamara possui um código de cultura com diretrizes modernas e inovadoras, inspiradas nas empresas do Vale do Silício. Acredita tanto em formação que é o principal patrocinador da comunidade técnica Orange Juice, comunidade que forma mais de 500 profissionais técnicos ao ano por meio do seu Programa de Formação e que em sua maioria são contratados pelo própria FCamara & empresas associadas.