Dessalines ou Mandela, o que queremos para nossa nação?
Enquanto discutimos quem foi o maior corrupto da Pátria, Bolsonaro ou Lula, 30 milhões morrem lentamente de fome e outros 80 milhões estão privados de alimentos que são exportados, coisas da internacionalização da economia, mal conduzida desde Dilma até Bolsonaro. Diante desta situação antagônica, de contradição e não do animal anta, precisamos responder a esta pergunta: que Pátria deixaremos para nossas crianças?
Os tolos destros e sinistros querem demonstrar que Lula é o mais corrupto por causa de dois imóveis, pelo mensalão e o petrolão da Dilma e Bolsonaro, pela rachadinha, que é peculato, pelos 14 imóveis e, agora, pelos computadores, vacinas e MEC. Em verdade, em verdade, maldito o homem que confia no homem! Eita Jeremias (17,5), este sim era um profeta sábio, entendeu que o roubo (e demais pecados) afasta o homem de Deus.
Temos que pensar no futuro. E é mais importante o que o eleitor escolhe para discutir, por exemplo, o aborto, se Lula fosse implantar o aborto geral, ele já teve 14 anos para fazer e Bolsonaro também teve 4 anos para acabar com o aborto que existe, ou seja, não cabe a presidente colocar ou tirar o aborto. Aliás, quem consagrou o aborto no Brasil foram os militares durante a ditadura.
Mas não custa lembrar que temos dois excelentes candidatos viáveis e que não pesam denúncias de corrupção, nem desvio de caráter, ao contrário, sempre demonstraram amor ao Brasil e excelentes serviços prestados à Pátria: Simone Tebet e Ciro Gomes.
Mas 82% dos brasileiros (47% do Lula, 28% do Bolsonaro, 7% ninguém, do DataFolha) querem polarizar para destruir o Brasil. Mas, como sou um neo-idoso ainda otimista, quero convencer essa esmagadora turba a pensar e entrar em acordo para salvar nossa Pátria de nós mesmos. De imediato, é preciso acabar com a ideia de golpe de estado. É vergonhoso, o Brasil apresentar-se ao mundo como uma republiqueta de bananas em que qualquer inepto ressentido possa tomar o poder por um golpe militar. Já defendi que para evitar uma guerra civil é preciso que os militares e autoridades manifestem seu respeito à Constituição! Sem interpretações tortas.
Assim, é preciso ser prático, ter um pragmatismo para colocar a nação nos eixos. Você pode ser como Dessaline do Haiti ou o Mandela da África do Sul. O Haiti era uma nação riquíssima, o primeiro país do mundo a abolir a escravidão, poderia ser uma potência econômica, mas Jean-Jacques Dessaline ordenou o extermínio da minoria branca e mulata (administradores e professores) que ainda permanecia no país, matando de 3.000 a 5.000 pessoas em 1804. Já Nelson Mandela resolveu perdoar o mal que recebeu e preferiu construir uma Nação e tornou seu país o S do BRICS.
Lula parece preferir ser Mandela, ao escolher Alckmin como seu vice. Mas seus lulistas, como os bolsonaristas, continuam a agir pelo conflito, pelo fomento do ódio, pelo desrespeito ao direito do eleitor, por vontade livre, escolher. Será que conseguiremos cumprir a profecia de ser a terceira potência econômica do mundo ou faremos nosso país tão miserável, o Haiti é aqui (Gil e Caetano)?
Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.