Assassinos policiais
Gente má, ou seja, que causa dano, prejuízo, existe em todos os setores da sociedade humana. Certamente, quanto mais importante, ou seja, pertencente a uma elite social, mais mal causa à comunidade e, sem dúvida alguma, à Pátria. Assim, políticos, fiscais, juízes causam um dano que impede uma nação de ser grande e progressista.
Porém, policiais e militares que recebem armas para proteger o cidadão precisam ser escrutinados periodicamente porque causam danos irreparáveis à cidadania. Militares que não respeitam a hierarquia e a Constituição não servem à Pátria. É preciso lembrar também que um mau cidadão, um ladrão, ainda é um cidadão que precisa ser protegido dele mesmo, já que comete delito contra ele mesmo.
Quem sofre uma injustiça, acredita que o perpetrador tem que sofrer uma punição ainda mais injusta que recebeu. Não canso de lembrar Talião ou o Código de Hamurabi (de 1.772 a.C.) que já proibia essa vingança brutal. Quem ler apenas o primeiro capítulo de “A República” de Platão (publicado na década de 370 a.C.) já saberá que maltratar um prisioneiro só o torna pior. Somente um governante estúpido semeia assassinos em uma cadeia de larápios.
É claro que utilizar o método Giraldi para treinar policiais é um avanço mas é necessário que se desenvolvam métodos para identificar assassinos frios inseridos no meio e acabar com o acobertamento dos colegas, são cúmplices ativos.
Basta abrir os jornais para ver o desastre de nossas polícias. Neste último 20 de agosto, encontraram o corpo do jovem Gabriel Cavalheiro, conhecido cavaleiro gaúcho em Gabriel, no Rio Grande do Sul, que desaparecera após uma abordagem policial, três policiais estão presos.
Há um mês, o policial penal federal Jorge Guaranho, bolsonarista declarado e fanático, invadiu a festa de aniversário e matou a tiros Marcelo Arruda, tesoureiro do PT. Um crime de ódio inadmissível e imperdoável na nossa Pátria contra um pai, um marido, um filho, em seu aniversário e com amigos bolsonaristas presentes.
Policiais militares em Goiânia prenderam Henrique Nogueira, um jovem de 28 anos, logo depois, ele foi encontrado morto. É claro que os covardes negaram conhecer qualquer fato relacionado, mas eles foram filmados colocando o rapaz na viatura policial por câmeras de segurança.
Outro caso de ódio inacreditável foi o assassinato de um cidadão que defende o Brasil nos esportes, o lutador de jiu-jítsu Leandro Lo, 33, oito vezes campeão mundial. Ficou conhecido como um dos melhores da história. Sem dúvida, um panteão nacional, extinto por policial desqualificado e que já havia cometido muitos crimes.
Após assassinar Leandro, o tenente Henrique Veloso esteve em uma boate famosa e cara, a Bahamas, zona sul de São Paulo, onde gastou R$ 1.589, incluindo entrada, bebidas e taxa paga por sair com uma garota de programa, um gasto muito estranho para um servidor público da segurança.
Estranho mesmo é que o policial continuava na força e com arma da corporação após envolver-se em outras brigas antes, desacatar e agredir colegas policiais e condenado pelo Tribunal de Justiça Militar.
Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.