Indianópolis lidera PIB per capita e Amenorte atinge R$ 8,1 bilhões
Indianópolis aparece isolada no topo do ranking do PIB per capita entre os municípios da Amenorte em 2022–2023. Com renda média de R$ 173.682,59 por habitante, a cidade supera com folga todas as demais da região, reflexo de uma atividade econômica concentrada e de alto valor agregado, apesar da população reduzida.
O desempenho de Indianópolis puxa para cima os números da Amenorte, que reúne 12 municípios do Noroeste do Paraná. Juntas, as cidades alcançaram um PIB total estimado de R$ 8,1 bilhões no período, resultado da soma do PIB per capita multiplicado pela população de cada município.
Na sequência do ranking aparecem Rondon, com PIB per capita de R$ 59.221,26, e Jussara, com R$ 55.375,88. Ambas ficam bem atrás da líder, mas à frente de municípios maiores, como Cianorte, que ocupa a quinta posição, com R$ 50.130,10 por habitante, compensando a renda média menor com o maior contingente populacional da região.
Entre os municípios intermediários estão Cidade Gaúcha, Guaporema, Japurá e Tapejara, todos com PIB per capita entre R$ 46 mil e R$ 54 mil. Na parte inferior do ranking aparecem São Tomé, Terra Boa, São Manoel do Paraná e Tuneiras do Oeste, que registra o menor indicador da Amenorte, com R$ 36.882,29 por habitante.
Mesmo com essas diferenças internas, o desempenho regional acompanha um cenário mais amplo de crescimento econômico do Paraná. O Estado figura com oito municípios entre as 100 maiores economias do País — Curitiba, Araucária, São José dos Pinhais, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu — o melhor resultado da Região Sul. Em 2023, o Paraná consolidou-se como a quarta maior economia do Brasil, segundo o estudo PIB dos Municípios 2022–2023, divulgado pelo IBGE.
Curitiba manteve posição de destaque no cenário nacional, com R$ 120 bilhões em PIB, ocupando o sétimo lugar entre as maiores economias do País. Apenas dez municípios brasileiros responderam por cerca de 24,5% de toda a economia nacional naquele ano. A região metropolitana da capital paranaense também ganhou relevância, com PIB de R$ 232 bilhões, equivalente a 2,1% do total brasileiro.
O estudo mostra ainda que o crescimento foi disseminado. 353 municípios do Paraná ampliaram o PIB entre 2022 e 2023, com altas expressivas em cidades de menor porte. Além disso, houve redução da desigualdade econômica entre os municípios. O Índice de Gini do PIB municipal caiu para 0,762 em 2023, abaixo do registrado em 2019, indicando menor concentração territorial da riqueza.
Para o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, os dados confirmam que o crescimento do Estado não ficou restrito aos grandes centros. Segundo ele, políticas públicas voltadas ao Interior ajudaram a espalhar a atividade econômica. “A desconcentração econômica é prioridade. Programas de infraestrutura, habitação e atração de indústrias mostram que o Paraná cresce de forma integrada”, afirma.
O secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia, reforça que a distribuição territorial das grandes economias fortalece municípios vizinhos. Ele cita a presença de universidades, a descentralização industrial e o peso do agronegócio, que se aproxima de R$ 200 bilhões em Valor Bruto da Produção. “Esse modelo potencializa o desenvolvimento regional e consolida o crescimento do Estado”, avalia.

