Alta dos combustíveis dobra valores de passagens interestaduais

Da Redação

O valor do transporte interestadual é mais um dos reflexos da alta dos combustíveis no Brasil. Viajar para outro estado chega a custar 140% mais caro, em comparação ao ano passado. Os reajustes tiverem inicio após a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicar no dia 18 de fevereiro de 2022, no Diário Oficial da União, a Deliberação 69 que autorizava o reajuste de 25,126 % nas tarifas de ônibus semiurbanos de linhas interestaduais e internacionais operadas por meio de autorização especial.

Uma passagem de ônibus semi-leito, de Cianorte com destino a capital de São Paulo, custava em torno de R$ 160 no final do ano passado, hoje o ticket é vendido por até R$ 180, reajuste de 12%. Já a passagem de Maringá com destino a Cuiabá, no Mato Grosso, passou de R$ 300 para R$ 733, reajuste que supera os 100%. A passagem de Cianorte para Eldorado no Mato Grosso do Sul era vendida por R$ 85,34 e hoje o valor está R$ 95.

Em algumas empresas os reajustes não foram tão elevados, resultado dos reajustes no período de pandemia. “O valor das passagens haviam despencados com a pandemia, e muitos destinos estavam com tarifas promocionais. As poucos a empresa foi retirando essas promoções e segurando repassando os novos valores”, comenta o subgerente da Viação Garcia, Paulo Sérgio Subgerente.

DESTINOS

Entre os destinos mais procurados no terminal rodoviário de Cianorte está São Paulo, Rio de Janeiro e Balneário Camboriú. De acordo com o encarregado da empresa Expresso Maringá, apesar dos valores, abril foi um mês com bastante movimento de passageiros. “Foram dois feriados no mesmo mês o que movimentou bastante o número de vendas. Agora houve uma queda que já é esperado para o período”, comenta João Antônio de Souza.

A onda de frio trouxe junto com ela a alta na procura por destinos turísticos com clima de inverno. De acordo com as empresas de transporte rodoviário, o aumento da venda de passagens de ônibus em maio foi de 26%, na comparação com os primeiros quatro meses do ano.

Em julho esse número sofrer um novo reajuste, pois além de ser o mês mais frio do ano, também acontecem as férias escolares.