Cuidados reduzem chances de câncer de pele, orienta médico da Unifesp

 

Oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta a importância do protetor solar e das barreiras mecânicas

O verão está chegando e os cuidados devem ser redobrados para a prevenção do câncer de pele não melanoma. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), essa doença responde por aproximadamente 30% de todos os tumores malignos registrados no país, e tem maior frequência em pessoas com mais de 40 anos de idade.

“A prevenção deve ocorrer durante todo o ano, principalmente para os profissionais expostos com frequência ao sol. Por isso, da mesma forma que adotamos o uso do álcool em gel para a pandemia, precisamos adotar o uso do protetor solar para evitar o câncer de pele não melanoma”, orienta o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp, da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

Um estudo da Sociedade Brasileira de Dermatologia mostra que mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção no cotidiano. O Inca estima o registro de aproximadamente 180 mil novos casos por ano. “Os cuidados devem começar desde a infância, orientando as crianças para o uso do protetor solar”, afirma o pesquisador da Unifesp. Ramon de Mello reforça também a importância do uso de roupas, chapéus ou bonés, além de óculos escuros e sombrinhas, entre outras barreiras mecânicas para a proteção contra o sol. Evitar a exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h é outra medida preventiva.

Entre os sintomas desse tumor, os pacientes devem ficar atentos para manchas de pele que coçam, ardem, descamam ou sangram; e feridas de difícil cicatrização em até quatro semanas. “O diagnóstico precoce amplia as chances de sucesso do tratamento. Qualquer dúvida, o paciente deve procurar um especialista”, orienta Ramon de Mello.

Sobre Ramon Andrade de Mello

Oncologista clínico e professor adjunto de Oncologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).