Maior parte dos criadouros de Aedes no Paraná está nos lixos

Um levantamento feito pela Secretaria estadual da Saúde aponta que 38% dos criadouros de Aedes aegypti encontrados no Paraná estão em resíduos sólidos descartados de maneira inadequada. O dado foi levantado em 59 municípios do Estado entre os meses de outubro e novembro de 2016.

É preciso ficar atento a qualquer lugar que possa acumular água, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e até mesmo entulhos de construção. Uma simples tampinha de garrafa tem espaço suficiente para a reprodução do mosquito, diz a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.

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Aedes está se reproduzindo nos lixos

Além do lixo, o levantamento também mostrou que 29% dos criadouros são em depósitos móveis, como vasos e frascos com água, garrafas retornáveis, recipientes de descongelamento na parte de trás das geladeiras, bebedouros, fontes e materiais estocados em depósitos de construção, como canos e sanitários.

Em terceiro lugar estão os depósitos de água localizados ao nível do solo, como toneis, tambores, caixas d’água, depósitos de barro, cisternas e captação de água em poços – 15% dos criadouros localizados no Estado estavam nesses tipos de objetos.

Além desses, foi constada a presença de larvas do mosquito em calhas, ralos, piscinas não tratadas, cacos de vidro em muros, lajes e toldos desnivelados, pneu, entre outros. Algumas flores, como bromélias, e buracos em rocha e árvores também devem ser verificados constantemente.

Recomendamos para a população que vistoriem as casas e ambientes de trabalho pelo menos uma vez por semana, principalmente em períodos de calor, que aceleram o desenvolvimento do ovo até chegar na fase adulta do Aedes, explica Cleide. De acordo com ela, o ciclo que passa pela fase do ovo, pupa, larva e, então, mosquito acontece em uma média de sete dias.

BOLETIM

O boletim da dengue, zika e chikungunya divulgado nesta terça-feira (6) pela Secretaria de Estado da Saúde confirma 280 casos de dengue no Paraná desde agosto deste ano. O documento também apresenta 5 casos de chikungunya e nenhum caso de zika confirmado no período.