Governo do Estado adere ao pacto nacional de ajuste fiscal

Anúncio ocorreu durante encontro com gestores municipais eleitores

O governador Beto Richa anunciou nesta sexta-feira (02), em Foz do Iguaçu, a adesão do Paraná ao pacto nacional para o equilíbrio das contas públicas. Trata-se de um acordo firmado entre Estados e a União que estabelece uma série de princípios e compromissos para a redução das despesas do setor público.

O Paraná já deu exemplo para o Brasil ao se antecipar à crise e fazer seu ajuste fiscal. Agora, damos mais esta contribuição ao País. Defendemos que todas as instâncias de governo devem se adequar a uma nova realidade, disse Richa durante reunião com a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, que fez palestra no encontro de prefeitos paranaenses, em Foz.

Ana Paula, que foi secretária da Fazenda do Espírito Santo, reconheceu o trabalho feito no Paraná para manter as contas em equilíbrio e destacou que o Estado está com seu processo de ajuste bastante avançado em relação aos demais estados brasileiros. O Paraná fez a correção de rota no tempo certo e isso deixou o Estado em pé, mas não sem custos políticos, disse ela.

A secretária do Tesouro afirmou que o novo pacto nacional é importante para reduzir o déficit das contas públicas. Segundo ela, o governo federal não pretende elevar a carga tributária e o caminho mais adequado para enfrentar as dificuldades de caixa são medidas de contenção de gastos de médio e longo prazos. O desafio é instituir uma nova disciplina para os gastos públicos. Para isso temos que ter um diálogo franco com a sociedade, afirmou Ana Paula.

REFORMA ESTRUTURAL

Durante encontro com prefeitos eleitos, o governador Beto Richa, ao falar sobre a crise nacional, principalmente a situação de quase todos os estados, defendeu uma reavaliação de toda a estrutura de funcionamento do poder público, o que inclui a União, os Estados, empresas públicas e os municípios. Não vivemos apenas uma crise de conjuntura, provocada pela recessão que atinge o País. É um grave problema estrutural, que só será sanado com uma reforma racional da composição de gastos do poder público com funcionalismo, encargos sociais e previdência, além da revisão das vinculações de receitas. A atual estrutura de gastos é uma catástrofe anunciada. Por isso, as reformas são urgentes e exigem muita coragem, afirmou.