Prefeitura retira atendimento odontológico de escolas

Duas escolas municipais de Cianorte foram notificadas na semana passada que os consultórios odontológicos, instalados dentro das instituições de ensino, seriam transferidos. A notificação foi encaminhada por meio da Secretaria de Saúde e repassada à direção das escolas pela Secretaria de Educação.

A retirada dos consultórios, que existiam há mais de 10 anos nas escolas Vicente Machado e Maria Montessori, deixou alguns pais e responsáveis descontentes. Era prático e rápido. Agora, ninguém falou como vai ficar, para onde vai. Estou sem saber o que vai acontecer, comentou Tereza Soares, tia de uma aluna.

Na Escola Municipal Maria Montessori, a notificação, segundo a direção, foi encaminhada na quinta-feira passada, dia 16. No entanto, como o consultório da escola estava em reforma há um mês, os atendimentos não foram prejudicados. Situação diferente do que ocorreu na Escola Vicente Machado.

De acordo com alguns funcionários que não quiseram se identificar, houve apenas comentários no início da semana por parte dos profissionais que atendiam no consultório sobre a medida de desativar a unidade odontológica. A Secretaria de Educação, por vez, informou, na quinta-feira (16), via ofício à direção da escola a desativação do serviço; e já na sexta (17) não houve mais atendimentos aos alunos.

As escolas não souberam divulgar para onde os atendimentos foram transferidos. No entanto, a informação repassada pela Secretaria de Saúde, conforme revelou a direção da Escola Maria Montessori, é de que a medida visava suprir a falta de profissionais de odontologia nas Unidades Básicas de Saúde.

Como as escolas apenas cediam o espaço para os consultórios, as direções não puderam recorrer à decisão. Uma professora da Escola Vicente Machado, que pediu para não ter o nome divulgado, disse ser lamentável a medida, uma vez que no ponto de vista de pedagógico, o consultório dentro da escola era  um grande aliado da educação infantil.

A criança sentia uma dor de dente e mesmo assim não faltava na aula, porque os pais sabiam que aqui [na escola] ela teria o atendimento. E agora? Soubemos num dia e no outro já não havia mais consultório na escola. Foi tudo muito rápido e sem diálogo, declarou.